Para garantir a eficácia do tratamento é fundamental saber o momento certo para utilizar cada um
A utilização de
compressas de gelo ou de compressas quentes em lesões é muito comum.
Normalmente, quando uma pessoa sofre um trauma, como uma batida ou uma torção,
ela faz o uso desses métodos simples para amenizar a dor e evitar inchaços e
inflamações.
“Embora sejam ótimos
analgésicos locais, muita gente não sabe qual das duas formas é a ideal para
cada tipo de lesão. E fazer a escolha certa é fundamental para a eficácia do
tratamento”, afirma o Coordenador do Núcleo de Ortopedia do Hospital Samaritano
de São Paulo, Dr. Luiz Fernando Cocco.
Quando usar o gelo?
O gelo é um anti-inflamatório
natural por isso, é indicado para amenizar inflamações ou imediatamente após um
trauma local. “Acidentes que possam causar edemas ou hematomas, como pancadas e
torções devem ser tratados com gelo. A temperatura fria contrai e diminui o
fluxo de fluidos”, explica o ortopedista. O gelo também age como analgésico,
por isso, é bastante utilizado em esportes de impacto.
“A compressa fria deve
ser utilizada, preferencialmente, três vezes ao dia durante aproximadamente 20
minutos. É importante também não deixá-la parada no mesmo local por mais de um
minuto para não causar queimaduras locais”, ensina o Dr. Cocco.
“É importante lembrar
também que o gelo deve ser utilizado com parcimônia nas extremidades, como
dedos, nariz ou próximos a trajetos nervosos superficiais, como face interna do
cotovelo ou externa dos joelhos, pois a temperatura baixa pode agredir as
estruturas nervosas do local”, complementa o especialista.
Quando usar compressa
quente?
A compressa quente age
no corpo como um relaxante muscular, por isso, é indicada quando a pessoa tem
tensões musculares esporádicas como, por exemplo, torcicolos de causa não
traumática ou fadiga muscular na região da lombar.
“O calor é um potente
vasodilatador, o que acarreta no aumento da vascularização e oxigenação da
musculatura”, orienta o especialista. É importante lembrar que a compressa não
pode ser usada por um tempo excessivo, para que não ocorram queimaduras ou em
regiões do corpo que são menos aquecidas, como o rosto, ou o dorso das mãos e
pés. “Evite também colocar a compressa sobre hemorragias ou hematomas, pois a
vasodilatação pode aumentar o risco de sangramento”, complementa Dr. Cocco.
Para obter bons resultados,
a compressa deve ser feita de duas a três vezes ao dia, a temperatura deve
estar de acordo com a resistência da pessoa, deixando-a no local até ela
esfriar.