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Comportamento / Conscientização

Campanha realizada na Lavagem do Bonfim fala sobre violência sexual

A campanha tem como objetivo conscientizar, informar e ensinar as vítimas sobre as diversas formas de violência sexual

Manuela de Azevedo, sob supervisão de Isabelly de Lima Publicado em 15/01/2025, às 15h02

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Anhamoná Brito com Anderson Miranda e Joana D’Arc, presidente e vice-presidente do CIAMP - Reprodução/Divulgação
Anhamoná Brito com Anderson Miranda e Joana D’Arc, presidente e vice-presidente do CIAMP - Reprodução/Divulgação

O Instituto JusEsperança realizará uma das etapas da campanha de conscientização sobre as múltiplas formas de violência sexual contra as mulheres na próxima quinta-feira, 16.

Na ação, será aplicada uma pesquisa de campo, através da escuta de mulheres no cortejo sobre situações em que estas agressões lhes atingiram, além de explicações sobre os tipos de violência sexual contra as mulheres, consequências jurídicas, mecanismos de proteção e formas de acesso a serviços para garantia de direitos.

A iniciativa é coordenada pela advogada, ativista de Direitos Humanos e professora da Universidade do Estado da Bahia, a Prof.ª Dr.ª. Anhamoná Brito, que também capitaneia o JusEsperança.

Para Anhamoná, ao interrogar às mulheres, com diferentes marcadores identitários e engajamentos sociais, se vivenciaram alguma situação de violência sexual, a intenção é a de fomentar que revisitem suas experiências, identificando em registros pessoais elementos de abusividade criminosa, muitos vezes assim não percebidos pelas vítimas.

Sobre a escolha da campanha

Segundo Anhamoná, a campanha também buscará contribuir com uma maior vigilância pessoal e coletiva sobre a violência sexual que atingem às mulheres cotidianamente, mas que ganham maior volume e, por vezes, têm suas ocorrências banalizadas nos grandes eventos populares, como a Lavagem do Bonfim:

“Estimadamente um milhão de devotos circulam em cortejo até à Colina Sagrada, todos os anos. Neste cenário, explodem ocorrências criminosas como reflexo de uma sociedade machista, fazendo com que a profissão de fé ceda lugar para violências, as quais podem ser encaradas como admissíveis pelo contexto de festa, mas que não o são diante da ausência de consentimento da mulher e/ou das vedações legais, já que algumas práticas não são admissíveis em nenhuma hipótese, como aquelas em que a violência é presumida em razão da idade da vítima, por exemplo”, explicou.