Durante a invasão da Rússia na Ucrânia, as pessoas não brancas estão sofrendo racismo e enfrentam dificuldades para saírem do país
A invasão da Ucrânia pela Rússia tem trazido uma série de debates sobre o comportamento dos seres humanos em sociedade. As fortes imagens das pessoas tentando cruzar a fronteira ucraniense em busca de um socorro chocam o mundo.
Com o passar dos dias, os refugiados enfrentam enormes filas para tentar deixarem do país, porém, parece que a ordem para a saída possui mais uma dificuldade: o racismo.
Na fronteira, relatos racistas marcam a história e emplacam um capítulo ainda mais doloroso em toda a relação conflituosa.
Segundo as informações de fontes no local, pessoas não brancas enfrentam a discriminação racial de frente e possuem uma maior dificuldade para deixarem o país.
Centenas de estudantes africanos e indianos estão tentando sair da Ucrânia e batem de frente com uma política que afirmam que os "os ucranianos devem sair primeiro". Nela, os guardas colocam os civis negros e do sul da Ásia para o final das filas, puxando-os para fora de trens e ônibus para fazer espaço para ucranianos brancos.
Um estudante falou em uma entrevista à CNN que assistiu uma cena dolorosa: guardas impedindo com violência que os rapazes indianos passassem empurrando um jovem egípcio com uma força tremenda que o rapaz chegou a ficar inconsciente.
Na última segunda-feira, 28, os membros do Conselho de Segurança da ONU, representando o Quênia, Gana e Gabão, repudiaram a discriminação que seus cidadãos têm enfrentando ao tentar deixar a Ucrânia.
A União Africana se pronunciou sobre a situação e divulgou um comunicado chamando o tratamento que eles têm recebido de "chocantemente racista e que viola o direito internacional".
Um representante do Serviço de Guarda de Fronteira da Ucrânia negou que as acusações sejam verdadeiras e disse na entrevista que não há nenhuma divisão por nação, cidadania ou classe social na fronteira.
Por outro lado, a agência de refugiados da ONU disse em uma entrevista coletiva que houve casos de diferentes tratamentos de pessoas ucranianas e não ucranianas.
Filippo Grandi, chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, disse que é preciso haver igualdade para que todos consigam estar em segurança.
BBB22: Na Prova do Anjo:
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