Sensibilizado com os relatos de agressões e abandono, o biólogo Mikael Freitas (SP), 28 anos, resolveu criar uma ONG para prestar socorro aos casos mais complexos, que pedem ajuda especializada
Eu já havia trabalhado com a questão ambiental em algumas organizações há uns quatro anos e sentia uma insatisfação muito grande, um desejo de contribuir mais. Foi quando veio a ideia de fundar o
Instituto Mapaa (Meio Ambiente e Proteção Animal), caminho que encontrei para unir forças e lutar pelo que acredito. Hoje, nossa equipe atua sobre diversas frentes. A primeira delas é o projeto de Resgate e Adoção: salvamos animais em situação de risco e vítimas de maus-tratos e encaminhamos para lares responsáveis. A maior parte das denúncias vem da internet. Os casos nos colocam frente ao lado mais cruel do ser humano. Outra iniciativa é o Cão Amigo, na qual treinamos os animais para realizarem a chamada petterapia em hospitais e casas de repouso. Atualmente, atendemos três instituições, sendo dois lares de idosos e uma unidade médica de oncologia pediátrica. É muito gratificante! A presença dos cães nesses ambientes é uma distração positiva, que humaniza o espaço, traz de volta o lúdico e a leveza. Notamos isso nos sorrisos e nos olhos de todos os atendidos.
Por fim, nosso mais novo projeto, realizado em parceria com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, é pautado na parte de educação e controle populacional dos animais. Para isso, utilizamos o nosso Vetmóvel, a Clínica Veterinária Móvel do Mapaa, que leva mutirões de castração, além de manuais impressos e palestras para os locais mais carentes da capital paulista, onde o problema do abandono animal é ainda mais alarmante.
PARA AJUDAR: além de auxiliar no processo de adoção dos bichinhos resgatados, os interessados podem doar ração, remédios, dinheiro e outros itens à instituição. Se quiser ser paceiro ou voluntário, acesse: mapaa.org.br