Arquiteta explica como os diferentes tipos podem ser usados em projetos residenciais
Vidros são elementos altamente versáteis e podem ser utilizados em diversos projetos arquitetônicos. Eles se adaptam facilmente a diferentes estilos decorativos e proporcionam uma ampla variedade de benefícios. No mercado, é possível encontrar diversos modelos, tamanhos, cores e formatos diferentes. Nesse cenário, é importante ter conhecimento sobre os tipos disponíveis para escolher o modelo correto para cada aplicação.
Presentes em sacadas, fachadas, esquadrias, mobília e objetos decorativos, os vidros são encontrados em projetos tanto residenciais como corporativos. Dentre as principais vantagens, a arquiteta Gigi Gorenstein destaca que a escolha do modelo pode favorecer a iluminação natural, integrar ambientes, garantir conforto térmico e isolamento acústico, além de tornar os ambientes mais elegantes e refinados.
“Acredito que o vidro é um item atemporal, então ele nunca vai sair de moda, e saber incorporá-lo no projeto faz toda a diferença no ambiente. Amplamente, os vidros são ótimas opções para trazer leveza, fluidez e privacidade aos espaços. Na decoração, o vidro pode proteger objetos, como quadros e prateleiras, ou colocá-los sobre mesas”, completa.
A seguir, a arquiteta Gigi Gorenstein lista os tipos de vidros mais comuns e dá algumas dicas para te ajudar a escolher o modelo ideal para a sua casa. Confira!
Parecido com o vidro padrão, o temperado é cerca de cinco vezes mais resistente à quebra e a choques térmicos. “Quando acontece de partir, o material se estilhaça em pequenos pedaços sem grande poder de cortes, diferentemente do vidro normal, que se fragmenta em grandes lâminas. Por isso, é considerado um vidro altamente seguro, pois evita acidentes graves”, diz a profissional. E, por essas características, é um vidro para ser utilizado em box de banho, sacadas, portas e janelas.
O tipo laminado também é considerado seguro por ser muito resistente a impactos e proporcionar ótimo isolamento acústico e proteção contra raios ultravioletas. Gigi explica que isso se dá devido à composição das placas de vidro unidas por uma película especial de polivinil butiral, responsável por impedir o estilhaçamento do vidro em caso de quebra. O laminado é indicado para locais semelhantes ao do temperado e é empregado também em claraboias, guarda-corpos, coberturas e vitrines.
É mais voltado a locais que precisam de um bom isolamento térmico e acústico, como hospitais e hotéis. Para as residências, é o queridinho contra o clima de inverno, pela característica térmica e por não embaçar. Esse modelo consiste em duas lâminas de vidro, contornadas por um perfil de alumínio com uma camada interna de ar desidratado.
Mais voltado à decoração, esse tipo é perfeito para móveis planejados como armários, mesas, cristaleiras etc. “O resultado trará muita personalidade e inovação no lar. Fizemos um projeto com uma cristaleira de vidro que se transformou no destaque da sala de jantar”, conta a arquiteta. O tipo impresso também é um vidro que permite desenhos em alto relevo e padrões, então é bastante recomendado para ambientes internos, janelas e vidraças.
Material de melhor reflexão de raios solares, evita a absorção de calor e oculta a visualização dos interiores. “É um vidro que provê mais privacidade e é indicado para fachadas que recebem luz natural ou outros lugares onde se deseja algo mais reservado e íntimo”, completa Gigi.
Uma das novas tendências do mercado é o vidro craquelado, que nada mais é um material temperado batido dentro de duas camadas de vidro monolítico para causar um efeito craquelê, ou seja, com diversas trincas. “Em excesso, o efeito pode pesar o ambiente, mas, de forma sutil, como em mesas e divisórias, acaba se tornando um ponto de destaque”, destaca Gigi.
Ela ainda lembra que existem outros modelos na indústria do vidro. Destacam-se, também, os tipos serigrafados e pintados, que permitem diversas cores e tonalidades, sendo, talvez, até os mais populares entre os vidros decorados.
“Os vidros possuem diversos benefícios e são elementos que garantem uma valorização estética moderna e permitem a liberdade criativa. Cada tipo passa por diversos sistemas e processos diferentes, por isso é importante saber com qual está lidando e fazer a aplicação com profissionais especializados para não ter erros, evitar recortes do material e garantir maior segurança”, finaliza Gigi.
Por Emilie Guimarães