"A marcha de hoje é uma construção coletiva, um marco histórico para Mato Grosso"
A 1ª Marcha da Visibilidade Trans da História de Mato Grosso foi realizada na última sexta-feira , 17, com o apoio da Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, juntamente com o Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat-MT), a Conexão Nacional de Mulheres Transexuais e Travestis (Conatt) e o Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública de Mato Grosso.
O percurso da marcha foi de aproximadamente 1,3 quilômetro, começando na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura de Cuiabá. A rota da caminhada incluiu: Praça Alencastro (ponto de concentração) – Rua Treze de Junho – Praça Ipiranga – Praça Bispo – Avenida Getúlio Vargas – Praça Alencastro.
“Nós movimentamos a praça com diversas representações, tanto da comunidade trans quanto da LGBTQI+, além de contar com o apoio de organizações importantes como a Defensoria Pública, o Ministério Público e outras entidades não governamentais”, destacou Elis Prates, secretária Adjunta da Mulher.
O movimento buscou aproximar-se das instituições públicas para promover maior visibilidade para as pessoas trans e exigir engajamento na criação de políticas públicas relacionadas à saúde, combate à violência e preconceito estrutural.
Apenas 4% da população trans feminina no Brasil possui emprego formal. Além disso, a expectativa de vida de uma pessoa trans no país é de apenas 35 anos, segundo relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
“A marcha de hoje é uma construção coletiva, um marco histórico para Mato Grosso, pois estamos indo às ruas para reivindicar direitos básicos que a população trans e travesti ainda não consegue acessar”, afirmou Julian Takanã, coordenador estadual da Ibrat-MT.
A Defensoria Pública de Mato Grosso ofereceu o serviço de mudança de nome e gênero sem necessidade de ação judicial. “Oferecemos todo o atendimento jurídico necessário para os serviços de mudança de nome e gênero durante este evento histórico, que proporciona a visibilidade tão necessária para o movimento trans”, ressaltou Rosana Leite, defensora pública.
Por Ezatamentchy