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LGBT / ACADEMIA

Rio debate cotas para pessoas trans e travestis em cursos de graduação

Universidade abre espaço para sugestões de normas até 31 de agosto; proposta inclui reserva de 3% das vagas

Ezatamentchy Publicado em 14/08/2024, às 10h31

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UFRRJ pode ser a primeira instituição de ensino superior do Rio a fazer essa reserva - UFRRJ/Divulgação
UFRRJ pode ser a primeira instituição de ensino superior do Rio a fazer essa reserva - UFRRJ/Divulgação
A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) divulgou o cronograma de debates sobre a criação de cotas para pessoas trans e travestis nos cursos de graduação. A proposta de minuta, apresentada pela reitoria nesta segunda-feira (12), estabelece normas para regulamentar as ações afirmativas destinadas a esse grupo social. Até o dia 31 de agosto, a comunidade acadêmica e a sociedade civil poderão enviar sugestões para o documento por meio de um formulário.

As pró-reitorias de Graduação e de Assuntos Estudantis da UFRRJ destacam que a implementação dessas cotas tem o objetivo de garantir maior acesso à universidade, além de ampliar a diversidade e a representatividade transexual e travesti no ambiente acadêmico. De acordo com a proposta, 3% das vagas de graduação em cada curso e turno, por período letivo, serão reservadas para esse público.

O documento estabelece que os candidatos interessados deverão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e inscrever-se por meio de autodeclaração. No ato da matrícula, os aprovados deverão apresentar o Documento de Registro Geral (RG) com nome social ou certidão de nascimento retificada, além de comprovar a conclusão do ensino médio em escola pública.

A avaliação das autodeclarações ficará a cargo de membros da Comissão Permanente de Política Institucional pela Diversidade, Gênero, Etnia/Raça e Inclusão (CPID), que serão escolhidos por sua expertise na área. A UFRRJ também alerta que, em caso de comprovação de fraude, a matrícula do estudante será cancelada.

Caso a proposta seja aprovada, a UFRRJ será a primeira instituição de ensino superior do estado do Rio de Janeiro a implementar uma política de reserva de vagas para pessoas trans e travestis, juntando-se a outras 14 universidades públicas brasileiras que já adotam essa iniciativa.

A discussão sobre cotas para pessoas trans e travestis na UFRRJ começou em 2021, com a criação da CPID pela Deliberação Nº 430/2021. Desde então, ações antissexistas, antiLGBTIfóbicas e antirracistas têm sido realizadas com maior frequência e envolvimento da comunidade universitária. Em setembro de 2023, a UFRRJ já havia ampliado as cotas na pós-graduação, incluindo pessoas trans, quilombolas e refugiadas, por meio da Deliberação nº 556/2023.

Por Ezatamentchy