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Moda / Cultura africana

Quitéria Chagas destaca a influência da cultura africana na moda e no Carnaval

A atriz explora a influência da cultura africana na moda e no Carnaval brasileiro, destacando sua criatividade, ancestralidade e impacto global

Katharina Brito sob supervisão de Isabelly Lima Publicado em 21/11/2024, às 15h20

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Rainha de bateria Quiteria Chagad - Reprodução/Instagram - @quiteriachagas
Rainha de bateria Quiteria Chagad - Reprodução/Instagram - @quiteriachagas

A escritora, atriz e rainha de bateria Quitéria Chagas traçou um panorama sobre a influência da cultura africana no Brasil, especialmente no setor da moda, que ela identifica como tendo raízes profundas no continente africano, assim como diversos outros conceitos culturais.

Quitéria enfatizou a conexão histórica entre o passado e o presente da cultura afro-brasileira, destacando que essa herança está presente em todos os estilos e constitui a base cultural do país.

A moda brasileira sempre foi diferente por sua paleta diversificada e ousadia, refletindo a miscigenação e a ancestralidade afro-brasileira. Mesmo inconscientemente, esse legado cultural permeia nossos padrões estéticos e hábitos, herdados da base da nossa cultura. As mulheres escravizadas, por exemplo, eram as responsáveis por costurar e criar peças de vestuário, tornando a mão de obra afro essencial na construção da moda nacional”, explicou Quitéria.

O papel do Carnaval

Ela também destacou o papel do Carnaval como um símbolo da criatividade e da conexão entre a moda e a cultura brasileira. Segundo Quitéria, o Carnaval reflete a inventividade do povo brasileiro, que transforma referências diversas em um espetáculo único e impactante.

A moda no Carnaval é um exemplo claro de como o Brasil é capaz de criar artesanalmente, misturando influências importadas e locais para dar origem a algo autêntico e globalmente inspirador”, afirmou.

A rainha da Império Serrano ressaltou ainda que, apesar de resistências no exterior, a moda brasileira tem ganhado visibilidade e influência no cenário internacional. Ela apontou que tendências como o uso de cores intensas e versatilidade estilística, que fogem dos tons tradicionais europeus como preto e nude, são frutos diretos da criatividade brasileira, muito presente nas escolas de samba e no Carnaval.

A moda europeia, por exemplo, muitas vezes se inspira nos traços da moda africana, mas estamos vendo cada vez mais um reconhecimento das nossas contribuições. O Carnaval e a moda brasileira, com suas cores e pluralidade, começam a refletir no exterior, influenciando semanas de moda, estilistas e até as tendências de estações. Isso é a prova de que a moda está impregnada na cultura brasileira e tem impacto mundial”, concluiu.