Apesar de parecer ser uma ação simples, a escolha do protetor solar é, na verdade, algo bem delicado; veja como escolher o produto certo
A escolha do protetor solar ideal pode parecer simples, mas envolve mais do que verificar o fator de proteção solar (FPS). Aspectos como o tipo de pele, a exposição solar diária e a proteção contra os raios UVA e UVB são decisivos para garantir resultados. Ignorar esses fatores pode comprometer a proteção, abrindo caminho para danos como envelhecimento precoce e o surgimento de doenças.
Um estudo da American Academy of Dermatology (AAD) apontou que o uso regular de protetor solar com FPS 30 ou maior reduz em até 50% o risco de câncer de pele do tipo carcinoma de células escamosas, uma das formas mais comuns da doença. Além disso, a pesquisa destaca a importância de proteger a pele contra os raios UVA, que têm impacto direto no envelhecimento cutâneo.
Segundo a Dra. Fernanda Sanches, especialista em cosmetologia e CEO da Cosmobeauty, entender o tipo de pele é fundamental para fazer uma escolha consciente. “A pele oleosa precisa de protetores leves, enquanto as peles secas devem contar com fórmulas hidratantes. Quando o protetor não é confortável, muitas pessoas acabam negligenciando o uso, o que aumenta os riscos de exposição solar inadequada”, explica.
O desenvolvimento de novas tecnologias em cosmetologia tem ampliado as opções de protetores solares. Hoje, existem produtos com benefícios adicionais, como controle de oleosidade, prevenção de manchas e proteção contra a luz azul, emitida por telas de dispositivos eletrônicos.
A Dra. Fernanda destaca que essas inovações atendem a demandas específicas do dia a dia, permitindo maior adesão ao uso contínuo. ‘Para quem passa muito tempo em frente ao computador, a proteção contra luz azul é um diferencial importante. Já esportistas ou pessoas expostas ao sol por longos períodos podem optar por fórmulas resistentes ao suor e à água, sem comprometer a proteção”, afirma.
Apesar dessas inovações, a especialista reforça que em regiões de alta incidência solar, como o Brasil, o FPS 50 é o fator mínimo indicado para uso diário, evitando os danos solares na pele.
A avaliação do tipo de pele é o primeiro passo para identificar o protetor ideal. Pessoas com pele acneica devem priorizar produtos sem óleo ou em gel, enquanto peles sensíveis se beneficiam de protetores hipoalergênicos e sem fragrâncias.
Outro ponto é adequar o protetor solar à rotina. Quem passa mais tempo em ambientes internos pode escolher fórmulas mais leves, enquanto aqueles expostos ao sol por várias horas precisam reaplicar o produto com frequência.
Há também a questão da quantidade aplicada, que muitas vezes é insuficiente. Para proteger adequadamente o rosto, o ideal é utilizar o equivalente a uma colher de chá cheia. Quantidades menores reduzem a eficácia do produto”, alerta.
A proteção solar deve ser incorporada na rotina, independentemente do clima ou das atividades. Mesmo em dias nublados ou em locais fechados, os raios UVA conseguem atravessar nuvens e vidros, causando danos silenciosos à pele que só serão notados no longo prazo.
Com hábitos como o do skin care dominando as redes sociais, o uso de proteção para a pele vem crescendo, mas ainda é muito negligenciado, especialmente entre os homens. De acordo com a Dra. Fernanda, essa prática vai além da estética.
O protetor solar é um dos maiores aliados da saúde cutânea. Previne desde queimaduras e manchas até problemas mais graves, como o câncer de pele. Proteger-se é um cuidado que gera resultados significativos no futuro”, afirma.
Com o acesso a fórmulas avançadas e a conscientização sobre os critérios de escolha, fica mais fácil incluir esse cuidado na rotina diária, garantindo maior proteção e saúde para a pele.