Muito mais que uma questão de estética, manter um peso adequado é essencial para a saúde. O cirurgião plástico* Victor Sorrentino (RS) listou problemas aos quais ficamos mais vulneráveis quando engordamos demais. Confira:
1. Doenças
cardiovasculares: as doenças do coração estão entre as que mais afetam
os obesos, pois com o excesso de tecido adiposo branco secretando citocinas
inflamatórias em grande quantidade, o tecido cardiovascular sofre diretamente.
Isso pode provocar hipertrofia, que é o aumento do coração para dar conta do
esforço, pode evoluir para insuficiência cardíaca e outras alterações,
aumentando o risco do desenvolvimento de alterações vasculares, de infarto, de
morte súbita e de AVC.
2. Diabetes: o diabetes em
obesos costuma ser ocasionado pelo alto consumo de carboidratos, associado à
exaustão pancreática com resistência insulínica. A doença é caracterizada pelo
alto teor de glicose na corrente sanguínea e pela deficiência na produção de
insulina para manter a glicemia adequada. Um sinal de alerta é o acumulo de
gordura na região abdominal, além de alterações comuns como sede excessiva,
excesso de vontade de urinar, sinais cutâneos e a sensação constante de fome.
Algumas complicações provocadas pelo diabetes são retinopatia, obesidade,
aumento no risco de câncer, infarto, entre outras.
3. Hipertensão: a pressão alta
também é um problema de origem metabólica, que representa o aumento dos níveis
tensionais na corrente sanguínea, o que dificulta a passagem deste líquido
pelos vasos sanguíneos, exigindo que o coração trabalhe de forma
acelerada e com mais potência. Aumentos nos níveis pressóricos aumentam
principalmente o risco de alterações renais e AVC.
4. Problemas
no fígado:
o órgão é o responsável pela metabolização de macro e micronutrientes. Porém,
quando é exigido em excesso, ele não consegue executar suas funções de
maneira satisfatória e pode trazer consequências metabólicas. O excesso de
estímulo para a hipertrofia e aumento dos adipócitos (células de gordura),
provoca uma distribuição tão dificultosa destas células pelo corpo, que seu
estocamento passa a ocorrer também no próprio fígado, gerando a chamada
esteatose hepática não alcoólica, que favorece o surgimento de hipertensão,
diabetes, fibrose e cirrose hepática não alcoólica.