Delon povoou o imaginário de muitos gays, de tantos meninos sexualmente confusos, que a gente precisa destacar esse ícone queer
Alain Delon morreu aos 88 anos no último domingo, 18, em sua casa em Douchy, França. A notícia foi dada através de um comunicado da família. “Alain Fabien, Anouchka, Anthony, assim como (seu cachorro) Loubo, têm a imensa tristeza de anunciar a partida de seu pai. Ele faleceu pacificamente em sua casa em Douchy, cercado por seus três filhos e sua família. A família dele pede que você respeite sua privacidade, neste momento de luto extremamente doloroso”, escreveram os filhos de Alain Delon.
Em uma época onde não existia o termo LGBTQIA+, onde ser homossexual era “pecado”, contra a lei e motivo para morrer, Delon povoou o imaginário de muitos gays, de tantos meninos sexualmente confusos (pela falta de informação), que a gente precisa destacar esse boy maravilhoso. Uma das atuações mais legais e marcantes foi no clássico “O Leopardo”, onde fazia par com a deusa Claudia Cardinale - ícone para as artistas trans da época, inspiração de muitas personalidades.
Eles são Tancredi Falconeri e Angelica Sedara, vivendo um amor em tempos de mudanças significativas – quando a Itália começa a se unificar e a república é a única realidade.
Disponível na Mubi, o filme tem direção do milanês Luchino Visconti (1906–1976), recria a atmosfera vivida nos palácios da aristocracia durante o conturbado reinado de Francisco II das Duas Sicílias e o Risorgimento — longo processo de unificação dos Estados autônomos que originaram o Reino de Itália, em 1870.