A boxeadora argelina Imane Khelif, atualmente competindo nas Olimpíadas de Paris 2024, pediu o fim do "bullying" enquanto enfrenta hostilidade por sua participação no evento de boxe feminino. Khelif já garantiu ao menos uma medalha de bronze após vencer a italiana Angela Carini em apenas 46 segundos no dia 1º de agosto - e tem conquistado o apoio da comunidade LGBT+.
Khelif, competidora na categoria de peso médio, está sob escrutínio público, semelhante ao ocorrido com o taiwanês Lin Yu-ting. Ambos foram desqualificados do Campeonato Mundial do ano passado por supostamente não cumprirem os critérios de elegibilidade, segundo a Associação Internacional de Boxe (IBA). No entanto, o Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou que Khelif atende aos regulamentos atuais.
Em uma entrevista à SNTV, Khelif, falando em árabe, apelou para o fim do bullying, ressaltando o impacto devastador que isso pode ter. "Envio uma mensagem a todas as pessoas do mundo para que defendam os princípios olímpicos e a Carta Olímpica, para que se abstenham de intimidar todos os atletas, porque isso tem efeitos enormes. Pode destruir pessoas, pode matar os pensamentos, o espírito e a mente das pessoas. Pode dividir as pessoas."
Já ícone queer, a atleta, que avançou para a semifinal feminina de 66 kg após derrotar a húngara Anna Luca Hamori, expressou esperança de que sua família não tenha sido afetada pelo tratamento que ela tem recebido e reconheceu a preocupação deles. Ela também agradeceu ao COI pelo apoio contínuo e expressou sua determinação em conquistar a medalha de ouro como a melhor resposta às críticas e ataques que tem enfrentado.
Khelif enfatizou a importância de se abster de práticas de bullying, especialmente em ambientes de competição esportiva, onde o espírito olímpico deve prevalecer. A medalhista espera que a situação seja superada e que possa se concentrar em alcançar seu objetivo final na competição.
Por Ezatamentchy 
