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LGBT / DIREITOS

Associação Cultural MT Queer processa deputado por danos morais

“A associação quer que o deputado faça uma retratação sobre as alegações que fez em seu perfil"

Ezatamentchy Publicado em 21/06/2024, às 16h04

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Associação Cultural MT Queer mantém o maior canal de YouTube de WebSéries LGBTQIAPN+ do Centro-Oeste - Divulgação
Associação Cultural MT Queer mantém o maior canal de YouTube de WebSéries LGBTQIAPN+ do Centro-Oeste - Divulgação

Tramita na 7ª Vara Cível de Cuiabá (MT) uma ação de indenização por danos morais movida pela Associação Cultural MT Queer contra o deputado estadual Gilberto Cattani (PL). O parlamentar fez uma publicação criticando um curta-metragem produzido pela associação, onde os atores vestem uniformes escolares do Estado de Mato Grosso. A defesa da MT Queer busca que o deputado pague uma indenização de R$ 40 mil.

A Associação Cultural MT Queer mantém o maior canal de YouTube de WebSéries LGBTQIAPN+ do Centro-Oeste, abordando temas e realidades desse público. Um de seus vídeos chegou ao conhecimento do deputado Gilberto Cattani, que fez uma postagem acusando a produção de “incentivar os alunos a práticas que eles praticam”. O vídeo conta a história de dois adolescentes em idade escolar que se relacionam, vestindo uniformes do Estado.

“Nós não podemos aceitar que as nossas crianças sejam atingidas por essa ideologia, nós não podemos aceitar que nossas crianças sejam induzidas a práticas que os seus pais não concordem”, declarou Cattani. O deputado também criticou os apoios recebidos pela associação, como os da vereadora Maysa Leão (Republicanos) e da Assembleia Legislativa.

O deputado em questão ao lado de...


O advogado Wanderson Vital, representando a MT Queer, esclareceu que a associação não busca apenas a indenização, mas também uma retratação pública do deputado. “A associação quer que o deputado faça uma retratação sobre as alegações que fez em seu perfil, nas mesmas dimensões e na mesma rede social”, afirmou Vital. Além disso, a associação exige que Cattani seja condenado ao pagamento de R$ 40 mil por danos morais, como resposta às alegações preconceituosas e irresponsáveis feitas por ele.

A ação judicial visa não apenas reparar os danos morais, mas também reforçar a luta contra o preconceito e a discriminação enfrentados pela comunidade LGBTQIAPN+ no Mato Grosso e em todo o Brasil.

Por Ezatamentchy