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LGBT / MUNDO

Homem gay será deportado do Catar após ser condenado - por ser gay

Manuel Guerrero Aviña enfrentou prisão e multa antes de ser liberado para deixar o país

Ezatamentchy Publicado em 15/08/2024, às 11h34

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Autoridades o colocaram em confinamento solitário e negaram sua medicação - Reprodução
Autoridades o colocaram em confinamento solitário e negaram sua medicação - Reprodução
Após mais de seis meses de detenções intermitentes no Catar, Manuel Guerrero Aviña, cidadão britânico-mexicano, está prestes a ser deportado. Aviña foi condenado a seis meses de prisão, além de uma multa de 10.000 riais catarianos (cerca de US$ 2.750), pelo "crime" de ser gay, um ato ilegal no país.

A prisão de Aviña, de 44 anos, ocorreu em 4 de fevereiro, após a polícia local utilizar um perfil falso em um aplicativo de encontros para atraí-lo. Segundo sua família, durante quase dois meses de detenção, ele foi submetido a interrogatórios noturnos e pressões para identificar outras pessoas LGBTQIA+ com quem teria tido relações. Após descobrirem seu status de HIV, as autoridades o colocaram em confinamento solitário e negaram sua medicação.

Em sua declaração, Aviña expressou decepção com a decisão judicial que manteve sua sentença. "Apesar das evidências claras de violações do devido processo e abusos dos direitos humanos, as autoridades do Catar não me fizeram justiça. Continuo a declarar minha inocência e a sustentar que fui acusado e condenado injustamente", afirmou.
Prisão gerou protestos em vários países

O processo de detenção foi marcado por diversas irregularidades, incluindo a falta de acesso a advogado ou tradutor por 38 dias. Mesmo após a nomeação de um defensor, o advogado de Aviña não pôde acessar os arquivos do caso por mais de dois meses.

Com a multa paga e os trâmites de deportação em andamento, espera-se que Aviña possa deixar o Catar nas próximas semanas. Ele pediu aos consulados do Reino Unido e do México que ajudem a agilizar sua partida para evitar atrasos prolongados.

Aviña também fez um apelo à comunidade internacional para continuar a luta pelos direitos LGBT+ em países onde essas violações ocorrem, destacando a gravidade da sua situação e as injustiças enfrentadas.

Por Ezatamentchy