Internautas apontam transfobia contra Maya Massafera

No início de maio, Maya Massafera publicou suas primeiras fotos após a transição de gênero. Desde então, a apresentadora compartilhou nas redes sociais algumas imagens de ensaios fotográficos e está atualmente na França para participar dos eventos do Festival de Cinema de Cannes. No entanto, ela ainda não gravou vídeos, e muitos internautas estão pressionando para ouvir a voz da youtuber, o que alguns consideram um comportamento transfóbico.

“Pessoal não entende o quão transfóbicos são comentários como ‘preciso ouvir a voz da Maya Massafera para ver uma coisinha’ e ‘depois da transição ela ficou muda’. Respeito e paciência”, escreveu um usuário no X, antigo Twitter.

“Parem de exigir que Maya Massafera mostre o rosto sem maquiagem, revele a voz, mostre isso ou aquilo. Ela mostrará quando se sentir mais confortável, se ela quiser. Respeitem o momento de cada pessoa”, acrescentou outro.

Na última quarta-feira (22), a própria influenciadora explicou por que tem estado mais ausente das redes sociais. “Passei meses na cama, sem forças, e não sei como teria conseguido sem esse tempo para mim. Uma das coisas que mais me afeta é a disforia. Lembro que falo apenas por mim, Maya. Não represento todas as pessoas trans, não generalizem. Para começar, preciso explicar meu estado de espírito. Nunca fui tão feliz na minha vida! Acordo feliz, sou uma pessoa feliz! Depois da transição, eu me amo!”, disse.

“Conversando com meus médicos e psicólogo, entendi que essa minha ‘felicidade’ é o estado normal da maioria das pessoas. Quem nasce e se identifica com o corpo que tem vive assim. Provavelmente, vou me acostumar com meu gênero e essa felicidade vai se tornar normal, como é para vocês”, explicou.

“Embora esteja muito feliz, nessa minha felicidade, às vezes tenho momentos de extrema alegria e outras vezes de tristeza. Como todo mundo! Às vezes, do nada ou por algum motivo, tenho uma disforia muito grande. Isso começou quando iniciei minha transição. Os médicos me disseram que é normal para muitas meninas trans nos primeiros anos de transição. Às vezes, a disforia é tão intensa que prefiro ficar sozinha e não ser vista por ninguém”, completou.

Por Ezatamentchy