A cantora também fez um desabafo sobre os desafios e fez uma analise do preconceito no funk
Um dos grandes nomes da arte drag no funk, Lia Clark, falou sobre os desafios de sua carreira no funk. Em entrevista ao Universa, a artista relembrou o início de sua carreira e falou sobre o sentimento de liberdade ao se descobrir como uma estrela do drag.
“Comecei a fazer funk em 2016, sem pretensão nenhuma, para me divertir porque sempre me identifiquei e escutei funk. Minha drag sempre foi baseada em mulheres do funk. E eu, a princípio, fui abraçada pelo meio LGBT e até hoje é majoritariamente essa galera que me consome, que vai aos meus shows e que curte meu trabalho”, falou.
“Eu consegui algum respeito no meio do funk, sim, principalmente no meio das mulheres, como Pocah, Valesca e Tati Quebra Barraco. Mas realmente é um meio muito machista e ainda tem uma distância da galera cisnormativa aceitar que uma drag está fazendo funk. Mas é o preconceito do dia a dia”, disse.
“Sempre ficava chocada com as transformações quando via o Trio Milano, que é um trio de drags de São Paulo. Também queria ver como ficaria. A partir do momento que me montei, me senti livre, poderosa e era algo que naturalmente não me sentia sendo gay, preto e afeminado. A gente sempre é muito invisibilizado, não só dentro da sigla, mas fora também”, completou.
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