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LGBT / RELIGIÃO

A nova era do cantor Victor Vianna sem os evangélicos

"Dentro da igreja mesmo, nunca me encaixei, sempre fui aquele cara mais Rock’and’Roll"

Ezatamentchy Publicado em 21/05/2024, às 13h36

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"Eu sempre fui do Pop/Rock" - Divulgação
"Eu sempre fui do Pop/Rock" - Divulgação
Por Artur Vieira*
O cantor Victor Vianna, 33 anos, vem contrariando os maiores religiosos de plantão. Nascido em Santos, litoral paulista, viveu sua vida toda na igreja evangélica e decidiu, em 2021 buscar mais representatividade. Largou completamente sua vida de cantor gospel para trás e trilhou novos rumos onde tomou as próprias rédeas de sua carreira musical.
Compositor desde os 16 anos, confessa que toda bagagem e técnica como artista foram moldadas dentro da igreja; porém, cansado de tanta hipocrisia dos evangélicos, abriu a gaiola dourada dos templos religiosos e voou para outros palcos sagrados: o do Rock.
“Eu sempre fui do Pop/Rock, até meu estilo musical no gospel sempre foi tendencioso para esse estilo. Dentro da igreja mesmo, nunca me encaixei, sempre fui aquele cara mais Rock’and’Roll”, relembra Victor. 
NOVA ERA
É perceptível que um novo tempo começou para ele, a julgar pelas novas composições que começaram a nascer em 2022 e hoje somam quatro lindas músicas que trazem em suas letras temas como: novos caminhos, ciclos encerrados e superação. Tudo isso misturado à nova imagem que ele tem demonstrado nas suas redes sociais, bem mais livre e ousado! Victor surge cada vez mais em busca por evolução pessoal e liberdade sem paredes que o prendam. Isso foi arrematado com o seu então recém-lançado clipe: “Eu”.
Com um roteiro e visual estético minimalistas e uma fotografia de extremo bom gosto (dirigida pelo seu talentoso marido, Robson Vianna), o clipe mostra o mosaico de várias personas do próprio artista em 3X4, validando o que a letra da canção diz, trazendo uma atmosfera de fragmentos de outros “eus” que existem dentro dele mesmo. É fácil perceber a intenção e provocação da narrativa do clipe, o artista quis que o espectador também se enxergasse ali naquele contexto de autodescoberta.
“Pessoas que são criadas e moldadas pela igreja evangélica acham que só podem ter destaque se estiverem conectadas à religião, eu abri mão disso tudo e abracei minha nova era! Só dessa maneira que eu posso fazer algo pela minha comunidade LGBT+”, destaca Vianna. 
SEM AMARRAS 
O cantor reforça que as vestes do gênero musical gospel não lhe servem mais, e já prepara para o segundo semestre um show com banda onde pretende envolver cada vez mais o público LGBT+ em suas performances. Planeja se apresentar em espaços e casas de shows que por muito tempo foram tolhidos de si, quer assistir outros artistas, devido à tamanha religiosidade fundamentalista que estava inserido. Pois agora as amarras sagradas da instituição não prendem mais o artista, que dispensa qualquer tipo de rótulos. Aliás, é esta mensagem que seu novo clipe exterioriza.
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*Artur Vieira é um cristão, gay e jornalista que trabalha com o público LGBT+ desde 2013 na internet com o perfil @devoltaaoreino
Por Ezatamentchy