Parada LGBT+ em Brasília aborda políticas públicas para idosos
25ª edição discute inclusão, visibilidade e acesso à saúde para pessoas LGBT+ com mais de 60 anos
Ezatamentchy Publicado em 31/07/2024, às 12h45
A 25ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN de Brasília, uma das mais antigas e maiores do Brasil, coloriu as ruas da capital neste domingo (28). Organizada pela Associação Brasília Orgulho, a marcha deste ano teve como tema "60 Orgulho. Terceira idade LGBT: visibilidade, inclusão e políticas públicas", marcando a primeira vez que um evento do gênero no país homenageou idosos da comunidade.
A questão do etarismo, que afeta significativamente os idosos LGBT+, foi central no evento. O produtor cultural Igor Albuquerque, um dos organizadores, destacou ao Correio Braziliense a importância de abordar o preconceito em relação à idade, que impacta a qualidade de vida e a longevidade dessa população.
"Envelhecer sendo LGBT é diferente. Muitos de nós não temos família, e a maioria não terá filhos. Como será o envelhecer dessa população? Como serão os asilos para receber essas pessoas? Quem vai cuidar delas?", questionou Igor, ressaltando a necessidade de políticas públicas específicas.
O médico geriatra Milton Crenitte, especialista em longevidade e consultor da Unesco, comentou sobre as mudanças na percepção do envelhecimento na comunidade queer ao longo dos anos. Ele observou que, no final do século 20, muitos idosos ainda estavam "no armário", enquanto hoje há uma luta por mais visibilidade e aceitação. "Antigamente, não se falava sobre o envelhecimento, e hoje discutimos mais sobre o acesso à saúde e melhores condições de vida", afirmou.
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