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LGBT / SAÚDE

Pesquisadora travesti brasileira atua como mentora em conferência da IAS

Evento com presença queer fortalece rede de mulheres na ciência durante Conferência Internacional de Aids

Ezatamentchy Publicado em 01/08/2024, às 15h34

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"Uma travesti como eu faz parte deste projeto como mentora de outras mulheres" - Reprodução/Instagram
"Uma travesti como eu faz parte deste projeto como mentora de outras mulheres" - Reprodução/Instagram
Na 25ª edição da Conferência Internacional de Aids, realizada em Munique, Alemanha, a Sociedade Internacional de Aids (IAS) organizou um espaço de mentoria para meninas e mulheres na ciência. A iniciativa contou com a participação de Alícia Krüger, assessora de Políticas de Inclusão, Diversidade e Equidade em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil, que destacou o marco histórico de ser a primeira travesti a atuar como mentora no evento, uma conquista para a comunidade LGBT+.

"Estou emocionada porque, pela primeira vez, uma mulher trans, uma travesti como eu, faz parte deste projeto como mentora de outras mulheres e meninas na ciência. Hoje, alcançamos o reconhecimento de uma travesti como mulher na ciência", afirmou Krüger.


O programa de mentoria incluiu outras profissionais renomadas, como Sharon Lewin, presidente da IAS; Reena Rajasuriar, da Universidade da Malaya, Malásia; e Brenda Crabtree, do Instituto Nacional de Ciências Médicas e Nutrição Salvador Zubirán, México. Crabtree enfatizou a importância da representatividade feminina na ciência, destacando que exemplos inspiradores ajudam a superar desafios pessoais e profissionais.

Ruramai Lissa Chisango, farmacêutica da África do Sul, participou do evento como mentoreada e sublinhou a importância de uma perspectiva feminina na orientação de políticas e estratégias para o HIV. "Às vezes, no mundo dos homens, é difícil entender questões que enfrentamos como mulheres, como a discriminação. Participar dessa mentoria foi inspirador e reforçou minha confiança", comentou.

A iniciativa da IAS proporciona um espaço valioso para a troca de experiências entre mulheres estabelecidas na área e aquelas iniciando suas carreiras, com o objetivo de fortalecer a liderança feminina na pesquisa sobre HIV.

Por Ezatamentchy