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LGBT / DIREITOS

Projeto do MPT-GO promove empregabilidade para pessoas LGBTQIA+

Iniciativa já qualificou mais de 2,5 mil pessoas em Goiás; 60% conseguiram emprego formal

Ezatamentchy Publicado em 14/08/2024, às 10h49

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Pexels/Reprodução
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O procurador do Trabalho Tiago Ranieri, do Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO), lidera desde 2018 o projeto “Mais um Sem Dor”, voltado à empregabilidade de pessoas LGBTQIA+, com ênfase na população trans e travesti. A iniciativa visa acolher, qualificar e encaminhar essas pessoas para o mercado de trabalho formal, enfrentando as barreiras de acesso ao emprego digno que muitas vezes lhes são impostas.

Nos últimos seis anos, 85 empresas aderiram ao projeto, recebendo o selo social “Empresa Amiga da Diversidade” em reconhecimento ao seu compromisso com a inclusão. No mesmo período, mais de 2,5 mil pessoas foram qualificadas em 22 cidades de Goiás, sendo 60% empregadas formalmente, 30% tornaram-se empreendedoras e 10% buscaram outras formas de subsistência. O investimento total foi de R$ 6,5 milhões.
Tiago Ranieri lidera desde 2018 o projeto “Mais um Sem Dor”

O trabalho desenvolvido pelo MPT-GO chamou a atenção do Comitê de Equidade de Gênero, Raça e Diversidade do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS). A juíza Lúcia Rodrigues de Matos, coordenadora do Comitê, conheceu o projeto durante a 1ª Reunião dos Gestores Nacionais e Regionais do Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade da Justiça do Trabalho, realizada em junho no TRT da 18ª Região (GO).

No mesmo evento, ocorreu a quarta aula do curso "Letramento em Diversidade: (Re) pensando o Direito do Trabalho a partir dos territórios", intitulada "O que o Direito do Trabalho tem a aprender com pessoas trans e travestis?". O curso foi organizado pelo Programa de Equidade de Raça, Gênero e Diversidade do TST, em parceria com o Cefast.

Segundo a juíza Lúcia, a vulnerabilidade das pessoas queer no mercado de trabalho é agravada por outras condições de desigualdade, como raça, etnia e classe social.

“Em uma sociedade que ainda mata pessoas por serem quem são, a exclusão do mercado de trabalho é uma forma severa de violência. Precisamos avançar na concretização do compromisso constitucional com a dignidade humana, o que inclui a desconstrução de estereótipos e a eliminação de todas as formas de violência, inclusive a vedação de acesso ao trabalho digno”, concluiu.

Por Ezatamentchy