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LGBT / CINEMA

Terror queer com fandom tóxico? Temos!

Em "Faceless After Dark", Bowie é atormentada após seu papel de destaque em um filme de palhaço assassino

Ezatamentchy Publicado em 24/05/2024, às 10h00

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Bowie (Jenna Kanell) se vê lidando com um fandom tóxico, bem atual - Divulgação
Bowie (Jenna Kanell) se vê lidando com um fandom tóxico, bem atual - Divulgação

"Faceless After Dark" (EUA, 2023) Bowie (Jenna Kanell, de "Terrifier") se vê lidando com um fandom tóxico após seu papel de destaque em um filme de palhaço assassino. Sua parceira Jessica (Danielle Lyn) deve partir para um papel enorme, em Londres. Como Bowie passa um tempo sozinha, ela começa a trabalhar em seu próprio roteiro.



Logo no início, a obra faz alguns comentários interessantes quando se trata de haters nas redes sociais, ou apenas aqueles que pedem coisas estranhas de celebridades. Uma vez que um estranho aparece na sala de estar de Bowie, vestindo uma máscara de palhaço, o filme dá uma dura guinada em um novo território.

O palhaço não é mais simplesmente uma entidade em um filme que ela fez; em vez disso, o palhaço representa uma manifestação física de tudo o que Bowie vem tentando superar. O diretor Raymond Wood dá aos fãs do gênero o que eles desejam, incluindo assassinatos sangrentos e cenas de perseguição, mas a história de Bowie mantém o sangue vital fluindo através de um final de jogo perturbador.

Ao mesmo tempo em que equilibra a linha tênue entre arte e artista, o filme consegue destacar as linhas perigosas que as pessoas cruzam quando se trata de fandom. Assim como a pressão injusta que se acumulava sobre as estrelas em ascensão.


Com pitadas de "MeninaMá.Com" e "Bliss", "Faceless After Dark", surpreendentemente se torna um filme de vingança por estupro, mas sem o estupro, apresentando ideias feministas em um mundo tóxico. Bowie se vê como uma Dexter, uma atriz de cinema vigilante.

O diretor Raymond Wood monta sequências estilizadas e iluminadas de roxo que evocam o tipo de filmes em que Bowie esteve, mas também sugerem algo mais elegante, fragmentário e politicamente motivado. Faceless After Dark entra em muitas discussões interessantes sobre uma série de tópicos que se relacionam com o terror dentro e fora das telas.

*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com
Instagram: @cinematografiaqueer
Twitter: @eduardoirib

Por Ezatamentchy