Pelas mãos do amigo também gaúcho Roberto Camargo, obras do escritor ganham os palcos com "Caio em Revista"
O escritor e dramaturgo gaúcho Caio Fernando Abreu (12 de setembro de 1948, Santiago, Rio Grande do Sul - 25 de fevereiro de 1996, Porto Alegre) tem uma das mais importantes obras da Literatura brasileira do século XX e sua força ainda reverbera – agora pelas mãos do amigo também gaúcho Roberto Camargo. O ator estreia em 11 de maio, no Teatro Viradalata, em São Paulo, o solo com textos inéditos “Caio em Revista”.
Roberto assina o roteiro elaborado a partir das crônicas que Caio - considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea" - escrevia para as revistas “AZ” e “Around”, de Joyce Pascowitch. A direção é de Luís Artur Nunes, com assistência de direção de Patrícia Vilela e produção Colaatores.
“Venho trabalhando neste projeto desde o ano de 2017. Foi quando comecei a pesquisar os textos, depois adaptei-os para o teatro, confeccionei o roteiro e veio a pandemia que fez com que tudo parasse. Em 2022, iniciamos o processo de montagem com ensaios alternados na casa do meu diretor Luís Artur Nunes e na minha”, dividiu o ator em seu blog pessoal.
“Em seguida começamos a apresentar os ensaios para amigos, ainda nas nossas casas. Nesse meio tempo, dois produtores nos inscreveram em editais e em prêmios nos quais não fomos contemplados. Até que no início desse ano eu disse para mim mesmo que de 2024 não passaria. E não passou! Arregacei as mangas e resolvi fazer o que fosse possível para tirar esse projeto da gaveta e jogá-lo no palco.”
Ele revelou ainda que para ter acesso aos textos, totalmente inéditos em livro e apenas publicados em revistas dos 1980, abriram seus guardados para ele pessoas como Cida Moreira, Luiz Henrique Campos, Samuel Oliveira, Odilon Henriques, Marcos Breda e Humberto Vieira.
“Caio em Revista” conta ainda com colaboração de Sylvia Moreira e Celso Frateschi cedendo o espaço do Teatro Ágora para os ensaios. O figurino é de Mareu Nitschke, iluminação de Claudia Bem, edição de trilha sonora de André Omote, peruca de Cabral Cabral e projeto gráfico de Guto Lacaz.