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LGBT / STREAMING

“Brenda Lee e o Palácio das Princesas” pode ser visto de graça

Apesar da realidade de violência em que vivem, dentro da casa as travestis são acolhidas

Ezatamentchy Publicado em 15/05/2024, às 12h57

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O espetáculo recebeu o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo de 2022 - Divulgação
O espetáculo recebeu o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo de 2022 - Divulgação
O musical “Brenda Lee e o Palácio das Princesas” foi um sucesso estrondoso em 2022 e em seu retorno em 2023 – e quem perdeu ao vivo pode ficar tranquile: tem inteirinho no YouTube! A produção traz um pouco da história de Brenda Lee, chamada de o “anjo da guarda das travestis”, ativista que fundou a primeira casa de apoio para pessoas com HIV/Aids do Brasil e que foi assassinada há quase 28 anos, em 28 de maio de 1996.
Ela tem uma pensão para travestis que, em sua maioria, vivem da prostituição. Apesar da realidade de violência em que vivem, dentro da casa as travestis são acolhidas por Brenda, que lhes ensina a querer mais da vida.
Esta criação é uma continuidade das pesquisas do Núcleo Experimental sobre as possibilidades de interação entre música e teatro, consolida a trajetória do grupo como criador de musicais originais brasileiros e comemora os 10 anos da sua sede no bairro da Barra Funda.
Brenda Lee, nascida em Pernambuco, em 1948, foi uma militante transexual dos direitos da população LGBT+. Morando em São Paulo, comprou um sobrado no bairro do Bexiga e começou a acolher travestis portadoras do vírus HIV numa época em que quase nada se sabia sobre a epidemia e em que o preconceito condenava pessoas com HIV ao abandono e à solidão.
A importância de Brenda Lee foi enorme, sua casa de apoio e acolhimento à população trans ficou conhecida como Palácio das Princesas, firmou convênios com a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e com o Hospital Emílio Ribas e em conjunto, aprimoraram a forma de atender pacientes soropositivos, independente de gênero, sexo, orientação sexual e etnia.
A casa de apoio e acolhimento à população trans ficou conhecida como Palácio das Princesas
Aos 48 anos, em 28 de maio de 1996, no auge de seu projeto, Brenda foi assassinada, encontrada no interior de uma Kombi estacionada em um terreno baldio com tiros na região da boca e no peitoral. O crime teria sido motivado por um golpe financeiro cometido por um funcionário da casa. Em 2008, foi criado o “Prêmio Brenda Lee”, que contempla personalidades que se destacam na luta contra o HIV e prevenção da Aids.
O espetáculo recebeu o Prêmio APCA de Melhor Espetáculo de 2022 e os Prêmios Bibi Ferreira de Peça Revelação em Musicais, Melhor Atriz Coadjuvante para Marina Mathey e Melhor Roteirista para Fernanda Maia.
Por Ezatamentchy